Autor: Sidney Santborg
Existem momentos que olho ao meu redor e percebo que tudo está camuflado com as
cores da distorção... Se existe essa cor? Nem sei... Mas é algo tão triste que
me faz acreditar que pertenço a um mundo diferente.
Um mundo onde as coisas aconteçam de uma forma
menos agressivas e menos exibicionistas, onde a maldade não impere e os absurdos só aconteçam como uma ficção.
Um mundo onde a inocência de uma criança é
respeitada e a sabedoria dos velhos valorizada. Um mundo onde exista compaixão.
Um mundo onde a morte somente aconteça por autorização
de Deus e não por néscios, que não só matam, mas torturam... Levando a dor ao
extremo, e que a maior piedade seja um tiro na cabeça.
Um mundo onde ser bom, não é ser bobo... Onde
demonstrar o amor não é sinal de fraqueza, e sim uma qualidade. Onde fazer uma
caridade não te leve a receber o nome de otário pelo mesmo irmão que acabou de
receber o pão.
Um mundo onde o sorriso daqueles que não te
conhecem não seja sinônimo de enganação. Quero um mundo de paz, onde não somente o branco possa reinar, mas todas
as cores sejam representadas.
Um mundo onde se possa decidir que caminho
seguir sem ser influenciado, onde acreditar no sonho não seja uma alienação.
Um mundo em que se possa viver de verdade a liberdade de forma individual, onde hipocrisia social não tente
te igualar aos que dela fazem parte.
Um mundo onde o domínio capitalista não empurre
goela abaixo, que a prosperidade somente venha com a materialidade de bens e que
o valor pessoal dependa do que se tem ou aparenta ter.
Não quero ser bem tratado pelas minhas vestes,
mas pelo meu caráter como pessoa, pelo ser humano que sou.
Quero um mundo onde a soberba não tenha espaço
nos altos cargos, onde o degrau a subir não seja minha cabeça. Quero um mundo
onde o povo seja respeitado.
Sim... Quero o meu mundo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário